Como ginecologista, participando de inúmeros congressos da minha especialidade, sempre vejo a testosterona sendo colocado como um hormônio secundário nas mulheres e principalmente ligado a libido e a sexualidade.
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Não é a única verdade. A testosterona é um hormônio sistêmico que, como nosso estradiol, age no corpo inteiro. Curiosamente ele está presente desde nossa vida embrionária e quase sempre em dobro se comparado com o estradiol. E pasmem, é o primeiro hormônio que diminui em nosso corpo, seu decréscimo sendo ligado ao início do climatério início do processo de envelhecimento.
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Entretanto repor a testosterona em mulheres foi sempre visto pela ginecologia com muita parcimônia e somente para tratar a libido.
Hoje temos que reconhecer a Síndrome de deficiência de testosterona na mulher que ocorre de maneira particular, mas em geral por volta de 40 anos.
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Presença de fadiga, cansaço, desânimo, perda de animação com a vida, insônia, dificuldade em praticar exercícios, diminuição da libido e outros, geralmente associados a stress, ansiedade, depressão e mesmo início do climatério ou envelhecimento deve ser diferenciado de um quadro de deficiência de testosterona e quando possivel ser tratado de forma adequada.